Hoje eu vou postar aqui um texto de um amigo meu. Texto este que muito me interessa, e muito diz em suas poucas linhas.... Peço licença a ti Alexandre e sim, os créditos são todos seus!
Eu não tenho medo
"Não tenho medo dos famigerados ladrões
Não me assustam os incríveis e robustos carros bandidos
Carros escondidos, vielas mopidas e seus tapões.
Não me assusta a política externa, interna.
Não tenho medo de sequestros, de expurgos.
Não ao medo daquelo rumo consumista, ao individualismo individualista.
Eu não tenho medo da morte.
Eu tenho medo de mim.
E muito,
e só."
Alexandre Bonilha
"O que é a vida? Fúria! O que é a vida? Espuma oca! Um poema, uma sombra quase! E a sorte não pode dar senão pouco: pois a vida é sonho e os sonhos, sonho..." Calderon de La Barca
sábado, 30 de abril de 2011
terça-feira, 12 de abril de 2011
Em pauta... utilidade
É... ser humano é um bicho estranho, complicado...
Eu sequer consigo me entender em partes, quem dirá completamente.... creio que tal compreensão foge a minha vã competência
Até algum tempo atrás me calava absurdamente quando na verdade tudo que eu mais queria era deixar meu peito exalar seu grito... "despejar o meu esgoto encanado" falar, falar e falar, mesmo que somente a mim mesma essas palavras atingissem... mas enfim... calava.
Depois... a vontade de falar, seja vista aqui como a real necessidade de se expressar, foi tomando conta do meu ser com um pouco mais de força... mas ainda assim o que saiam eram apenas grunhidos de um ser sem consciência (se é que tal consciência será um dia alcançada). E quanta merda eu falei, mas fui tomada também por um determinado alívio... afinal, não mais calei... sim... falei.
Hoje considero que talvez a merda pronunciada tenha tomado uma proporção um pouco maior... mas ainda assim não calei...
Falar.... Calar.... Calar.... Falar... uma unica letra que pode mudar todo um contexto... "C" ou "F"?
Essa escolha, ou como diria um mestre... "opção" me atormenta dia após dia...
Se calo, penso que deveria ter me manifestado... manifestado a minha idéia
Se falo, penso que talvez de nada adiantou... que minhas palavras foram jogadas... por mais certeza que eu tenha dos meus ideais em pronunciá-las...
Creio que o adiantado das horas me deixam em um estado de êxtase e quiçá confusão mental...
Como falei.... pela ordem talvez nem tão natural, ou talvez mais natural do que se imagina... agora me calo em meio a essa sanidade desvairada que se faz presente.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Hoje quero compartilhar uma bela poesia do grande Olavo Bilac!
"Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!"
"Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!"
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